terça-feira, 21 de julho de 2015

FASHION DAY INCLUSIVO

Que mulher no mundo não fica com os olhinhos brilhando em frente a uma vitrine? Ou quando vê aquele batom da novela, logo pensa "daria certinho com aquele meu vestido".
Pensando nessas peculiaridades inerentes a grande parte do sexo feminino, juntamente a minha experiência como deficiente e cadeirante nasceu o Fashion Day Inclusivo.
Em 2006 após alguns meses de reabilitação me deparei com uma das primeiras dificuldades, a moda e aquele novo corpo, o que fazer? Era frustrante demais como mulher e estilista provar determinadas peças que antes ficavam perfeitas em meu corpo, tornarem-se uma verdadeira prova do líder na hora de colocar, isso sem falar no caimento, onde tudo ficava torto e enrugado!
O tempo passou, e após quase 9 anos de lesão fui reaprendendo a me vestir; logicamente que o ideal seria se tivéssemos peças com uma melhor adequação já que as necessidades e o pensamento na hora de vestir mudam totalmente, e foi com esse tema que a idealizadora do projeto Moda Inclusiva Daniela Auler  iniciou o ciclo de palestras.
Em sequencia a apresentação de um material sobre tendências e opções de mercado foram apresentadas por mim e pelas alunas da Universidade Belas Artes e Senac, como resultado de um trabalho de campo realizado previamente com as pacientes do hospital IMREA da Rede Lucy Montoro. Estampas localizadas, tecidos mais flexíveis, marcação da cintura entre outras dicas resultaram numa palestra, onde peças e acessórios que vemos na maioria das loja de departamento foram minuciosamente escolhidas levando-se em conta a limitação de cada uma das lesões ali presentes, tais como: Lesão Medular, Encefálica e Amputação
Olhinhos atentos e perguntas pertinentes foram regadas com um lindo café patrocinado pela Vida Flor Gastrônomia.
Para encerrar com chave de ouro, uma palestra de auto maquiagem foi ministrada pelo power maquiador Mauro Marcos, além dos ensinamentos a empresa Avon que também apoiou o projeto, presenteou cada paciente com um máster kit de 27 itens para cada paciente, deu pra imaginar o tamanho dos sorrisos que saíram daquela sala?
Para mim o primeiro passo rumo a inclusão se dá quando trabalhamos as 2 partes, tanto das pacientes com a  moda, como das alunas para a deficiência, afinal eles serão os profissionais do futuro!